21 novembro 2010

HIGH SE CAI, AI SKY


Olha, a nuvem engoliu o avião
Sim, e o que é que isso tem?
Já viste, tão alto que vão?
Ai! Oxalá cheguem bem...

Olha, entrámos no nevoeiro
Sim, e o que é que isso tem?
Oxalá o avião chegue inteiro!
Achas que eles ficaram bem?

Olha, vês aquele pontinho além?
Sim, e o que é que isso tem?
Se o vemos, eles veem-nos também!


Olha, saímos do nevoeiro
Sim, e o que é que isso tem?
Lá em baixo já não se vê ninguém!








© Fotos de Pedro Serrano: (1) Golfo da Guiné, 2010; (2) Mar da China, 2002.

Efeitos secundários [excerto de entrevista]

ML (jornalista): Pode-nos falar um pouco mais sobre a sua experiência com os doentes de lepra?
PS (entrevistado): Como sabe, um dos efeitos secundários do 25 de Abril foi a liberdade. Uma das facetas do exercício em prol desse desiderato passou por abrir as portas anteriormente fechadas, devolver à comunidade todos os seus filhos… Isso começou com os presos políticos, continuou pelos loucos e acabou nos leprosos.



Do ponto de vista técnico, este relaxe era bastante viável, pois, no que aos malucos dizia respeito, o arsenal terapêutico dos anos 70/80 permitia manter os doentes mentais, mesmo os mais assanhados, numa contenção compatível com a vida ao ar livre. Quanto aos leprosos, a sua libertação era igualmente possível: o seu número já era, em Portugal e mau-grado a ditadura, muito diminuto, sabe-se que o contágio é difícil e lento, e as drogas usadas no tratamento da doença são muito eficazes, mesmo em ambiente fascista.
Quem, curiosamente, não achou muita graça a todo este jorrar de liberdade foi a dita comunidade que, posta em sossego e sem ter sido preparada, lhe viu ser devolvida, num repente, antigas dores de cabeça e antiquíssimos horrores.
ML: Sim, mas voltando aos leprosos…
PS: Como sabe, a Revolução dos Cravos foi em 1974 e uma escassa meia-dúzia de anos depois arranquei eu para Trás-os-Montes, com a incumbência de dirigir o Centro de Saúde de Regato da Mágoa, o primeiro dos cinco Centros de Saúde de um projecto Luso-Norueguês no âmbito da Saúde. A Noruega, depois de anos a apoiar os movimentos de libertação africanos, sentia-se, agora que Portugal  abraçara a senda democrática, de consciência pesada e resolveu investir no nosso atrasado país. E, como se faz com qualquer país subdesenvolvido de gema, fê-lo investindo numa área geográfica onde a mortalidade infantil rondava as 7 mortes por cada 100 crianças com menos de um ano de idade, onde havia tétano em recém-nascidos, surtos de febre tifóide, o sarampo matava que se fartava. Abundava o alcoolismo e a subnutrição infantil, em cada 100 crianças em idade escolar 75 abrigavam parasitas na barriga, havia tuberculose de escarro sangrento e, ah!, lepra.
ML: Pois… Mas se pudesse focar-se nos leprosos, no tal Sr. António Veiga de que me falou ao telefone.
PS: Como sabe, a responsabilidade tecnico-hierárquica pela doença de Hansen (outro nome para este flagelo) competia, como ainda compete, à Direcção-Geral da Saúde. Havia, até, um programa vertical de combate a esta micobacteriose tão indesejável. Assim, mal aterrei em Trás-os-Montes (Outono de 1980, os castanheiros chamejavam a paisagem e os seus frutos sado-masoch, revestidos a couro e pico, pejavam os solos) recebi um contacto dos Serviços Lisboetas, a indagarem da minha disponibilidade para ser responsável pelos 10 leprosos registados no concelho. É que queriam passar a pasta...
ML: A pasta?!
PS: Sim. Como sabe, até pouco tempo antes todos os leprosos do país estavam confinados numa instituição orientada para o efeito, uma quinta ali para os lados de Cantanhede, conhecida pela Tocha (o nome da localidade mais próxima). Todos os leprosos do país se achavam ali internados, numa espécie de turismo rural prolongado. Famílias inteiras, a lepra – devido ao seu modo de contágio lento e íntimo – é uma doença de grande incidência familiar, hospedadas e tomando a sua medicação em regime muito confortável para quem trata (podia-se controlar uma toma observada da medicação) e para a sociedade, que podia andar descansada pelas ruas do país sem risco de se cruzar com esses descartáveis ambulantes, que já nem campainha ao pescoço eram obrigados a usar, como acontecia nos previdentes tempos da Idade Média!
Com o 25 de Abril toda essa malta foi devolvida à comunidade, até porque já eram poucos e tudo aquilo ficava muito caro, não sei, até, se já não começava a tilintar a ideia de fazer da Tocha um hotel de charme, albergando um celebrativo e nostálgico bar chamado Under My Skin.
A comunidade, como sabe e como lhe dizia no princípio desta agradável troca de impressões, não achou graça a esta devolução e, o que é mais curioso, os leprosos também não! Por um lado, eles imaginavam bem como iam ser recebidos por parentes e vizinhos, por outro, alguns dos doentes mais novos não tinham conhecido na vida outro lugar a não ser a quinta da Tocha, onde chegou a haver escola e tudo. Era, para todos os efeitos, o seu (quero dizer: deles) lar.
Foi isto que herdei, como, calculo, outros colegas terão herdado semelhante no resto do país. Dez leprosos, mais os medicamentos para os tratar; a responsabilidade de os manter controlados, a obrigação de comunicar o surgimento de novos casos, o evoluir dessas duas mãos cheia de doentes, passe a imagem, para uma cura ou para a morte.
Nada disso se revelou muito difícil. Todos eles, convidados a deixar a Tocha há relativo pouco tempo, estavam mais do que interessados em continuar o tratamento e os medicamentos não se vendiam nas farmácias, era o Centro de Saúde que guardava o stock e o distribuía de acordo com as necessidades. Alguns dos doentes surgiram no Centro de Saúde por iniciativa própria, a outros escrevi pedindo que aparecessem, a um ou outro, mais tímido, foi a equipa do centro de saúde procurar.
Os que apareceram espontaneamente foram recebidos, quase ao modo iraniano da pedrada, pelo pessoal da secretaria. A primeira vez que isso aconteceu, envergonhado e logo que discorri a motivação daquele alarido, fui procurar o indesejado em causa ao jardim, convidei-a para entrar, recebi-o no meu gabinete de director.
Quem tinha sentado à minha frente era um senhor delicado, com um cabelo branco-de-neve cortado à escovinha e uma face onde luziam uns olhos azuis inteligentes, um deles algo riscado pelo tom clara-cozida de uma catarata. Chamava-se António Veiga, tinha uns bem conservados 81 anos e, enquanto falava com ele, eu tentava, disfarçadamente, encontrar no seu corpo alguns dos psichés que associamos à lepra, talvez ver cair-me à frente dos olhos o seu nariz. Nada, o que mais impressionava naquela figura era o ar arguto, o pensamento claro, a pose aristocrática; a camisa de colarinhos engomados e tesos, própria para ir à vila. Depois... Bem, olhando com atenção, o Sr. Veiga tinha as sobrancelhas um tanto rarefeitas, a arcada supraorbital era um nada reforçada, o que lhe conferia um fácies remotamente leonino; talvez lhe faltassem duas ou três pontas dos dedos (já não me lembro) nas mãos que se exprimiam tão condizentemente com o discurso.

19 novembro 2010

Como lhe estava a dizer

Falávamos do Natal, a chamada foi abaixo e acabei por não lhe contar:
No ano passado fui para cima a 22 de Dezembro, fiquei no meu hotel da avenida da Boavista. Embora seja do Porto, embora quase toda a minha família more por lá, deixei de aí ter casa desde a morte do meu pai, um Novembro há três anos... Releio com apreensão a frase que acabei de escrever, pois, sendo verdadeira, não é exacta. De facto já não tenho casa minha no Porto desde 1977, ano em que deixei a casa dos meus pais para ir trabalhar e residir em casa própria, uma moradia assombrada na rua das Trinas, em Guimarães. Por outro lado, continuo a ter casas no Porto onde ficar, meu Deus, a boa vontade e o afecto das minhas irmãs, tios, primos, cruxificar-me-iam se insinuasse que poderia ter de dormir ao relento. Mas, salvaguardadas estas nuances, a casa dos meus pais, embora o edifício lá continue, desapareceu e com ela o meu poiso natural nas idas ao Porto. Agora, o lugar das minhas prendas de Natal é a mala do meu carro.  
Na noite de 23 fui a Braga, ter com o meu primo Manel e a minha prima Gabriela, mulher dele. O Manel cresceu comigo desde que me lembro, de modo que funciona mais como irmão do que propriamente como primo e até mais do que talvez um irmão, pois a confortável distância que permite uma relação primal possibilitou que misturássemos a partilha familiar com a cumplicidade de melhores amigos. Por tudo isto, aquele núcleo integra o conjunto de prendas que, todos os anos, acumulo em sacos de plástico como presentes de primeira instância. E ao fim da tarde de 23, sob chuva torrencial e noite cerrada, arranquei para Braga, para fazermos a nossa parcial e primeira ceia de Natal, pois voltámos depois a encontrar-nos em jantar natalício mais alargado no dia 24 de Dezembro. 



A árvore de Natal dos meus primos está riquíssima, especialmente lotada de enfeites, não há ali espaço, da estrela do topo aos ramos que roçam os presentes acumulados na base, para pendurar mais um anjinho, estrela, lua, serpentina de luzes, bola colorida.
“Compraste mais enfeites?” perguntei à minha prima, uma vez que a árvore é sempre a mesma.
“Não”, explicou, “foi o António que fez a decoração e como achou que só se vê este lado da árvore...”
O António tem sete ou oito anos, é obcecado pelo pormenor e pela sua aplicação rigorosa, e como a árvore é sempre montada encostada a uma das portas-janelas que dá para o quintal, achou que não valia a pena perder tempo com a metade do todo que não é acessível aos olhos da gente da casa. Para além do mais, o Natal é sempre à noite e de noite as persianas estão fechadas, não deve andar ninguém pelas ruas numa noite de Natal! E quem andar, vendedoras de fósforos e outras almas que batem leve, levemente, deve ser rapidamente arrancada ao exterior e milagrizada. Sendo tal, o António tem razão, não nos devemos preocupar com o exterior e basta a árvore estar enfeitada de um só lado.   
Depois, nessa noite, fomos jantar, ao Maia, no cimo do monte do Sameiro. A estrada serpenteia por ali acima, por entre árvores e curvas apertadas, numa certa sensação de perigo e de ambiente de floresta negra de conto infantil. É com alívio e surpresa que se chega ao cimo, se encontra à nossa espera um local acolhedor, de lareira acesa e apainelados de madeira e onde se come divinamente. Imperturbáveis aos olhares alheios, as nossas almas esfregam as mãos quando, passado o corta-vento da porta, deparamos com o branco imaculado das toalhas de mesa e vemos avançar na nossa direcção o largo sorriso de laço preto e de boas-vindas do sr. Matos, o nosso duende de estimação, o nosso ente protector.
No Maia, para além de se comer divinamente, não se paga! Quer dizer, nós não pagamos, que os outros pagam e aquilo não é barato. Mas acontece que o meu primo Manel é médico da D. Mariazinha, a dona daquilo tudo, e ela não permite, nem sequer quer que a ideia lhe seja apresentada, que o seu clínico preferido pague. E nessas investidas ao Maia somos sempre cinco: o Manel e a Gabriela, os sorridentes filhos do casal (Terezinha e Manelzinho) e, claro, a entidade gentil que lhe narra esta história.


17 novembro 2010

The butter snail




   Riso, meu friso

   Liso, meu siso
   Derramo meu pranto
   Sobre o agapanto.

   Visco é meu cisco

   No olho da troncha
   Que decepa a Concha.

   Quem decepa a troncha
   É o olho da Concha

   Enquanto, liso e friso,
   Repolho de riso.






© Foto: Ricardo Ventura, Kyoto (Japão), 2006.

10 novembro 2010

Perigosa Cuba!

Se Havana está virada para os Estados Unidos e nas barbas de Miami, Trinidad é vizinha das ilhas Caymão e da Jamaica, das quais está separada por um braço do mar das Caraíbas. A distância entre as duas cidades cubanas ronda os 700 km e, ao percorrê-los por estrada, tínhamos como principal finalidade conhecer a mítica Casa da Música.
Face à expectativa, a primeira impressão foi fraca: a famosa Casa da Música de Trinidad não passa de um pátio, com as paredes que o enclausuram cobertas por trepadeiras, dotado de um pequeno estrado que funciona como palco, um barzito lá ao fundo e, como recinto da plateia, uma dezena e meia de mesas em ferro forjado branco, um tanto kitsch como as pouco confortáveis cadeiras a condizer.
Quando lá entrámos pela primeira vez, seriam umas 2 da tarde, já se ouvia música do lado de fora das paredes. De facto, as sessões começam ali cerca das 10 da manhã e prolongam-se, sem interrupção, até às duas ou três da madrugada! Cada banda em palco ocupa o espaço cerca de uma hora e, a seguir, vem outra e depois outra e outra e outra... Meu Deus, como pode uma cidade de 65.000 almas produzir tanta música e tanto quem a toque?!
Entrámos no recinto timidamente, fazendo o possível por atenuar o ruído produzido pelas  pesadas cadeiras ao serem arrastadas. Lentamente, fomo-nos ambientando e o Zé João tirou a máquina de filmar da bolsa, começou a filmar o palco discretamente.
“Zé, achas que ofereça uma bebida aos músicos que estão no palco?”, perguntei, umas duas horas depois, entusiasmado perante uma banda particularmente dotada, onde sobressaía um contrabaixo com os flancos atravessados por buracos de bala.
Ele encolheu os ombros, não disse palavra e, se dissesse, provavelmente eu não a teria ouvido tal era o volume de som circundante. Fiz um sinal à menina do bar, expliquei-lhe o que queria. Minutos depois vi-a subir ao palco com uma bandeja carregada de garrafas. Depois, os músicos olharam na nossa direcção, sem interromper o que fazia um deles segredou qualquer coisa à rapariga e, com a bandeja incólume, ela desceu do estrado, aproximou-se da nossa mesa e dispôs as garrafas no tampo. Logo a seguir, sempre sem deixar de tocar, os músicos foram saltando do palco e vieram sentar-se à nossa volta. Ali permaneceram, bebendo e tocando para nós, até se darem conta que tinham de ir jantar para continuarem a função da noite noutro local. Quanto a nós, sem programa definido, acabámos por ir jantar com um deles num restaurante clandestino a funcionar dentro de um quintal murado, onde fomos os únicos clientes, e que, por acaso, era pertença do marido de uma prima dele.

Trinidad (Cuba), Casa da Música, Setembro 2004
 Canção: "Hermosa Habana", bolero de Rolando Vergara.  
© Filme: José João Serrano.

05 novembro 2010

Contigo en la distancia

Ao contrário da Índia, onde, apesar da riqueza do país nessa arte, me vi aflito para a ouvir ao vivo, em Cuba acorda-se com música, vive-se imerso em música todo o dia, adormece-se ao som da música que, noite dentro, sobe até à janela do quarto do hotel.
O fenómeno é nacional (dizem eles, sobre si mesmo, que são dez milhões, dos quais cinco milhões são músicos), mas veja-se, por exemplo, o caso do Hotel Nacional, em Havana. Ali tropeça-se em música, não apenas a ao vivo, mas também nos ectoplasmas da que por ali andou. Nat King Cole esteve por lá nos anos 50, actuou no Tropicana com grande sucesso e, por ser negro, foi impedido de ficar na ala principal do Nacional, sendo empurrado para os aposentos, mais discretos, onde eram alojados conhecidos membros da Mafia. As suas fotografias, sorridente para a eternidade e indiferente a tais pormenores, enchem agora paredes nobres do hotel, em vizinhança com as de Frank Sinatra... E, ao passar entre corredores, podemos acariciar, com mão incrédula, as peles do gigantesco par de congas que Robert Plant, o lendário vocalista dos Led Zeppelin, ofereceu ao hotel quando por lá esteve.
Acabo de me sentar, ainda estremunhado pelas moléculas remanescentes do rum Havana Club (Añejo Reserva) da noite anterior, nas poltronas de palhinha das arcadas, com vista para o mar; pedi o pequeno almoço. Passa um pouco das onze e o Zé João ficou a dormir, os seus 15 anos também se ressentem do rum, que anda a beber em excesso para o meu gosto de pai. Mas um dia não são dias, apesar de esses dias serem noites.
Esqueci os óculos escuros no quarto e enfrento a luz forte de olhos semicerrados, embalado no crepitar incessante das folhas das palmeiras, que roçam entre si as agulhas verde-gafanhoto sob a brisa que sobe do Malecón, quando sinto uma presença no meu campo de visão. À minha frente perfilam-se quatro pessoas: uma rapariga leva aos lábios uma flauta transversal, um rapagão debruça-se amorosamente sobre um contrabaixo cujos reflexos envernizados são praticamente da cor do rum de ontem à noite; um veterano segura uma guitarra acústica junto ao pescoço e o quarto elemento do grupo, com semelhante quantidade de neve capilar, empunha umas maracas na minha direcção, prontas a disparar.
O líder do conjunto é o senhor da guitarra e, num sorriso obsequioso, pergunta se podem tocar para mim, se desejo ouvir algo em particular... Levanto-me sempre um pouco do cadeirão quando sou abordado por esta gente, sinto que sou alvo de uma deferência especial e já sei que, como acontece com todos eles, são músicos maravilhosamente competentes. Timidamente, pergunto se poderiam tocar-me o “Contigo En La Distancia”... Sorriem muito – é que a música é mesmo cubana, não mexicana, argentina ou porto-riquenha; conheço-a pela mão do Caetano Veloso e do álbum Fina Estampa, essa joia-prima. Àquela hora da manhã sou o único tipo sentado sob as arcadas, de modo que eles entretêm-se na minha companhia. A seguir, abusando do meu privilégio, peço o "La Luna En Tu Mirada” e, depois, a “Rumba Azul” e o “Mi Cocodrilo Verde”, estas duas também músicas cubanas. O som da flauta ondula, argentino, no ar e eu desejo que entre pelas venezianas do quarto e acorde aquele burro, que não sabe o que está a perder.
Consolado, pego na tosta mista e no sumo de piña, que não tive lata de consumir enquanto o grupo estava a tocar para mim, dividido entre a sensação de sacrilégio e o desejo de lhes perguntar se eram servidos.  Acabo de dar a primeira dentada e eis que sinto uma nova presença no meu campo visual... Desta vez são apenas três: duas guitarras e umas maracas, a perguntar se podem tocar para mim e o que desejaria eu ouvir. Acho que vou ter de ir trocar dólares mais cedo do que previa.

© Fotos de Pedro Serrano: Habana, Cuba (2004).


Notas: "Contigo En La Distancia" (César Portillo de La Luz), Cuba, 1952; "La Luna En Tu Mirada" (Luis Chanivecky); "Rumba Azul" (Armando Orefiche), Cuba, 1942; "Mi Cocodrilo Verde" (José Dolores Quiñones), Cuba, [?].  

04 novembro 2010

Sereias & outros moluscos

Habana (Cuba), 2004. © Filme: Pedro Serrano. 
Música: California Dreamin' (J. Phillips/M. Phillips), 
do álbum de George Benson: White Rabbit, 1971.