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17 julho 2025

EXTERIOR, NOITE


 © fotografia de pedro serrano, a bordo do Festos Palace, mar Mediterrâneo, Junho 2025. 

16 julho 2025

10 julho 2025

ESCADARIA PARA O PARAÍSO (Stairway to Heaven /Απολαύστε τον Παράδεισο)

Asteria.

Provavelmente existiam outros, mas, assim, que me lembre, cheguei a frequentar três cinemas ao ar livre nos anos 70 do século passado: um deles no Porto, nas traseiras da igreja do Marquês e gerido pela própria congregação; um outro no clima compatível das noites doces do verão de Faro, e um terceiro, cujo surgimento — precisamente por motivos climáticos — me surpreendeu, este último na ilha Terceira, nos Açores, e nas cadeiras duras do qual vi, no longínquo ano de 1979, o filme Convoy (O Comboio dos Duros), realizado por Sam Peckinpah um ano antes, com o cantor e compositor Kris Kristofferson no papel principal, adjuvado pela bela Ali McGraw como morena de serviço.

Depois disso não mais tropecei ou ouvi falar em cinemas ao ar livre e, como vira acontecer um pouco com os circos, calculei que tivessem passado de moda e estiolado, extintos dos mapas pelos anos gelados em que todos os cinemas — quanto mais estes parentes pobres sem um tecto — foram cilindrados, primeiro pelos videoclubes, em seguida pelas cavernas alcatifadas das colmeias multiplex dos centros comerciais, e mais recentemente pela torrente sedentária e inesgotável do streaming caseiro.

Morreram portanto, pensava eu (ou melhor: nem sequer pensava no assunto), tinham-se transformado numa reminiscência apenas celebrada em documentários bem intencionados, ou em películas sentimentais, louvando e glosando os dias ingénuos e os bons selvagens, como Cinema Paraíso. Isto até à tarde em que, arrastando a minha mala com rodinhas pelos empedrados da cidadezinha de Rethymno (Rétimo, na tremenda tradução portuguesa), situada algures na costa Norte da ilha de Creta, topei no Cine Asteria, recinto nomeado segundo a deusa do mesmo nome, cuja etimologia do nome aponta para o muito apropriado significado de Estrela. Ali estava ele, à devassa dos meus olhos terrenos e incrédulos, pois cumpria todos os requisitos das coisas desusadas, ultrapassadas, kitsch, quiçá oníricas.

Havia um muro, flamejando num amarelo que desafiava qualquer paella, e amparando-se a ele cartazes do filme em exibição e dos que se seguiriam a esse em próximas matinés. Perfilados ao longo desse muro, uns degraus conduziam a uma esplanada, a três ou quatro mesas sob guarda-sóis e a um buraco quadrado no muro — o amarelo da abertura debruado num castanho-sorvete-de-palito — a fazer de bilheteira. De momento, estava vazio como uma guarita abandonada, mas, espreitando por ele, para além dele, entrevia-se um maciço de vegetação que se exibia já do interior do recinto cinematográfico. De momento, igualmente, os únicos seres que por ali andavam eram três ou quatro gatos de fornada recente, movendo-se na elegância aguçada dos famélicos. 

Voltámos uma noite, claro, curiosos e sentindo-nos prendados pela informação de que a fita em exibição (Megan 2.0) seria exibido no americano original e legendada em grego. A calmaria reinante no recinto era semelhante à da tarde em que ali espreitáramos a primeira vez, apenas havia agora uma senhora encaixada na bilheteira e as portadas castanhas do pequeno bar, pintado a amarelo, ao fundo da esplanada, tinham sido recolhidas para que todos os acepipes que devem adereçar uma sessão de cinema se expusessem no seu esplendor: havia popcorn, nachos, chips, cookies, oreo, amaretti e até nero, que é água em grego. Para além disso, apenas os gatos do costume, cirandando entre as mesas a ver o que poderia pingar. Também ainda era cedo e fôra escusado termo-nos apressado, como se a sessão das nove (haveria outra às vinte e três) pudesse esgotar; deste modo sentámo-nos na esplanada, vendo as vistas, isto é os gatitos, passeando, à falta de melhor, a ponta de uns dedos descaídos pelos lombos espinhados.

Quando a porta larga no muro se abriu para a sessão, acabámos por ser uma magra dúzia de pessoas espalhadas pelo recinto. A fita seria projectada na parede de cimento que separava uma das extremidades do espaço da rua e a plateia era ampla e confortavelmente mobilada por cadeiras de lona à realizador de cinema, cada par delas intercalada das restantes por uma mesa metálica de café, onde aguardava um cinzeiro de vidro.

Ao começar do filme, restava ainda claridade no firmamento e os sons soltos da rua chegavam-nos, sem cerimónia, por sobre a placa de betão do ecrã. Mas, sem aviso, a coisa aqueceu e as colunas rouquejaram e troaram um genérico que logo esbateu a proximidade do exterior, sem, no entanto, causar agitação nos gatos, que, prevendo a mudança de cenário das eventuais migalhas, se passeavam pelo recinto alheios ao tremeluzir das imagens e aos decibéis da banda sonora. Rapidamente lhes segui o exemplo, pois o filme era mau demais e o olhar foi-me sendo disputado pela envolvência, pela cor e macieza do céu que por ali andava a pousar-me os ombros sem pedir licença, um céu agora escuro e respeitador da concorrência, mas bem longe de se lhe poder chamar de breu, pois um azul mediterrâneo nunca se extingue, mesmo não havendo lua ou estrelas visíveis, como era o caso.

Acabámos por voltar aos degraus do
Cine Asteria diversas vezes (diariamente, para ser franco), mas não para rever o Megan 2.0
ou os seus sucedâneos. Aqueles gatitos arranhavam a memória, estavam magros demais e era óbvio que o recheio do bar não lhes servia, nem a sétima arte lhes enchia o apetite da alma o suficiente. Numa revoada fulgurante, aderiram instantaneamente àquelas novas sessões de paté de salmão e frango, comprados por nós numa mercearia da vila e, para satisfação da ânsia de todos, generosamente disperso em grumos pelos degraus da escadaria de cimento. 
     © Fotografias de pedro serrano, Rethymno (Creta), junho 2025.




04 julho 2025

07 junho 2016

21 julho 2015

KRYFO LIMANI (Porto Secreto)

Estou sentado na mesa ao fundo do corredor de entrada, sob uma parreira de uvas dedos-de-dama que ainda não pintaram. Daqui vejo perfeitamente quem se aventura pelo passadiço aberto e espreita a zona de refeições, toda ela esplanada descoberta, metade sob um limoeiro, o resto sob latadas de videiras. E tenho pena de quem recua, de quem, por qualquer motivo, pensa que o melhor é ir procurar outro sítio para jantar; apetece-me dizer-lhes: “Ei, não façam isso, estão no melhor local para se comer em Hydra.”
Suponho que parte dos que desistem o fazem por andarem à procura de pizzas ou hambúrgueres, talvez comida gourmet ou sushi com queijo Philadelphia... E isso, definitivamente, não encontram aqui, Deus Seja Louvado. Talvez que o outro resto dos que fogem se assustem com o kitsch do local, com as carapaças de lagosta que parecem trepar os muros, com as metades de cavalo que saem pelas paredes, as cabaças pintadas de cores berrantes enforcadas na estrutura de ferro que suporta as videiras...

Mas a placa que se encontra pendurada à porta não engana ninguém, o restaurante classifica-se a si próprio de TAVERNA, a palavra grega é, aliás, literalmente clara para um português ou para um espanhol. O Kryfo Limani não pretende ser outra coisa, em Portugal seria descrito como “aquela tasquinha onde se come tão bem”. Tudo quanto se possa pedir da ementa – e nas minhas várias idas a Hydra comi lá vezes suficientes para a ter experimentado – vem excelente, por exótico que possa parecer ao chegar à mesa. Tudo! Sabem, aquele tipo de pratos muito simples, mas em que o produto base é excelente e a confecção é minimalista? Nada de riscos de chocolate fundido ou de groselha a enfeitar o fundo do prato ou de crostas de broa a ensanduichar um bacalhau reduzido a 62.º graus centígrados em azeite tão virgem como a mãe do chef.
Ao correr da água na boca deixo por aqui algumas sugestões: peça-se, como entrada, tzatziki, um iogurte natural, branco e grosso, batido com raspas de pepino e alho, que vem fresco e é o que aquele pão posto na mesa está a pedir para ser barrado com..., enquanto aguarda que chegue a fava, um puré de lentilhas coroado com gomos de cebola crua – cebola nas antípodas do raivoso, quase doce – e acompanhado por limão, o qual espera apenas ser espremido sobre todo aquele conjunto. Oh! delícia das delícias, que, no seu amarelo quente, empurra o nosso anémico puré de batata para o esquecimento. O nome Gigantes deu-lhe no goto pela similitude com a palavra portuguesa e mandou vir, mesmo sem saber o que é? Pois fez bem: será presenteado com um estufado de tenros feijões de tamanho gigantesco, aquilo que por cá chamamos feijocas. Eu, olhe, resolvi antes pedir salada de polvo como entrada, aquele molho calha bem com o pão da minha cesta, onde também chegam acomodados os talheres e o guardanapo de papel. Ontem, como prato principal, comi as almôndegas de borrego em molho de tomate,
acompanhadas de batatas fritas caseiras, a estourar de douradas; hoje resolvi experimentar o ragout do mesmo bicho, acompanhado com courgettes e cenouras estufadas, tudo afogado em molho de limão e ovo. A travessa tem um ar duvidoso, mas que sabor e como aquele borrego se deixa desfiar sob o garfo... Já não consigo meter um dedo na boca e peço a conta, mas sou um cliente tão fiel que insistem em me brindar com um creme queimado cuja base é um doce de limão com raspas da casca incorporadas. Como posso negar quando é on the house?
Jiboio, serpenteio o olhar pelos comensais das outras mesas e toda a gente me parece possuída por um sentimento em torno da comida que lhe coube e que muitos deles – estrangeiros como eu – não sabiam muito bem em que consistiria. Vejo, então, surgir ao fundo do corredor um casal jovem. Ela fica-se à entrada, ele penetra por ali dentro, detém-se nas águas territoriais da minha mesa, o sítio ideal para uma perspectiva global do território. Percebo que não apreciou o aspecto geral e eis que, antes de recuar, se vira para trás e diz num português bem claro e num volume só usado por quem tem a certeza que ninguém irá compreender o idioma:
“Vamos procurar outro sítio...”   
“Não faça isso!”, dou por mim a dizer no mesmo volume, “está prestes a poder comer no melhor restaurante de Hydra...”
E eis que, refeita a surpresa, celebrada a satisfação do encontro, resolvem seguir o meu conselho e não só ficam a jantar como registam algumas das minhas dicas gastronómicas.
“Hum, puré de lentilhas...”, diz ela, olhos brilhantes, num sotaque lisboeta, “adoro lentilhas...”
E lá se vão ao repasto para uma ilha sob o limoeiro.
Paguei a minha despesa, despedi-me dos empregados, e antes de me ir à vida passei pela mesa dos meus compatriotas a ver que tal. No momento, atacavam com furor o pão e uma colorida salada mista de tomate, pepino e cebola; num vai e vem imparável passeiam um já viciado garfo pelo puré de lentilhas.
“Então, que tal?”, pergunto.
Tem a boca cheia, coitados, pouco mais podem fazer do que abanar com as cabeças, deixar escapar uns “humms”.
“Agora estamos à espera das almôndegas, da salada de polvo e da moussaka...” 
Despeço-me com simpatia, votos de boa continuação e um feliz regresso à pátria. Acho que pediram comida a mais, mas isso caberá a eles descobrir quando tiverem de trepar os degraus de volta ao hostel onde estão alojados. 
  
© Fotografias de Pedro Serrano, Hydra, Grécia, Julho 2015.

17 julho 2015

PETER'S COLLECTION

1. Peter's collection.

2. Peter's collection - the come back.
3. O pensador.
4. Polícia marítima (dizem que uma delas chegou à ilha transportada numa concha).
5. Big Belly.
© Fotografias de Pedro Serrano, Hydra (Grécia), 2015.

12 julho 2015

ENTRETANTO EM ATENAS... ENTRE O CÉU E A TERRA


É bom ter alguém à nossa espera na porta de saída de um aeroporto e Marilyn Marlene estava lá com o seu táxi amarelo. Coitada, chegou religiosamente a horas mas teve de esperar um bom bocado, pois a Iberia perdeu-me a mala em Madrid, talvez ma entreguem amanhã ou depois de amanhã em Hydra. Sábado à tarde as lojas estão fechadas em Atenas, tive sorte e topei com uma farmácia de serviço onde pude comprar pasta dos dentes e a respectiva escova. Como se estivesse à minha espera, o tubo de pasta tinha instruções em duas línguas: grego e português. Oh, quanto à lâmina de barbear foi só fazer o gesto de passar uma vassoura pela face num quiosque perto do To Theatron.
No To Theatron a salada de abacate, tomate e pistáquios está no seu esplendor: os tomates doces e sumarentos, o abacate macio e no ponto – desfaz-se na boca e não sob o garfo –, a cebola crocante, o mozzarella acabado de parir. É impossível tentar fazer algo igual em Portugal, por muito que se tenha coscuvilhado os ingredientes: falta o solo, o sol e o azul locais. O Theatron tem uma esplanada do outro lado do passeio, um espaço apenas coberto por um breve telhado, as paredes abertas dos dois lados para deixar deslizar o fresco. As potentes ventoinhas rodam sem parar e tem acoplado um sistema que sopra vapor de água gelado sobre os clientes, um melhoramento em busca do bem-estar absoluto; sento-me por perto.
Na mesa ao lado, um casal de alemães que passaram o jantar sem trocar uma palavra entre si, confere minuciosamente a conta, um total que (tendo em conta o que comeram e os preços praticados) não deve ultrapassar os 22 euros para os dois. Depois, com modos severos, chamam a empregada – uma morena despistada, gentil e com um ar de quem pede colo ao mundo – e exigem factura com NIF, que eles, apesar de em férias, não vão perder a oportunidade cívica de ensinar aos gregos como se trilha o caminho correcto para a resolução da dívida e o evitar do 4.º resgate. Depois levantam-se e, já no limiar da saída, param e, ocultos um pelo outro, conversam em voz secreta. Foram acometidos por um ataque de má-consciência e agora ele – tapado por ela – vasculha nos bolsos e regressa à mesa que tinham ocupado a deixar uma gorjeta excessiva.
É quase meia-noite e está uma noite maravilhosa, azul-veludo, de tshirt. Regresso ao hotel perdendo-me um pouco pelas ruas silenciosas e sossegadas do Pireu (uma espécie de Leça da Palmeira de Atenas), mas nunca é grave pois mais volta menos volta dou sempre com a porta.
Contou-me a Marilyn que o Varoufakis saiu ontem por aqui – pelo porto do Pireu – para Egina, uma ilha a 27 km de Atenas, para férias. Agora que os gregos correram com o seu ministro das finanças sobre duas rodas, os alemães deviam seguir-lhe o exemplo e replicar a receita: correr com o seu autoritário ministro das finanças sobre duas rodas, o senhor Schaube, que não conseguirá nunca aprender que lá porque o país dele é muito rico isso não lhe dá todo o direito a sentir-se tão cheio entufado de razão. mais coisas entre o céu e a terra Horácio... Se ele tivesse outros pensamentos para além da máquina de calcular deveria ter-se dado conta que, apesar de apenas por um momento, os gregos fizeram-no (a ele e a toda a restante Europa) lamber o pó em que todos um dia havemos de nos transformar.
© Fotografias de Pedro Serrano, Pireus (Grécia).

07 novembro 2014

ISALOS



Ao embalo de ondas e marés
Cachos tintos por sol e mágoa
Sonham as nereides e os pés 
Que tornarão o vinho em água


Nota: Isalos, palavra grega que significa "linha de água".

© Fotografia de Pedro Serrano: Kamini, Hydra, Grécia, Outubro 2014.

05 novembro 2014

A PRAIA EM KAMINI (The Beach at Kamini)

Kamini 
Os barcos à vela
          a água prateada
os cristais de sal
          nas pestanas dela
O mundo inteiro
          inesperado e a brilhar
o momento antes de Deus
          te ter voltado para dentro



The sailboats
          the silver water
the crystals of salt
          on her eyelashes
All the world
          sudden and shining
the moment before G-d
          turned you inward

Leonard Cohen, Book of Longing, 2006.
Tradução: Pedro Serrano; Fotografia: © Pedro Serrano, Kamini, Hydra, Grécia, 2014. 

UMA OFERTA IRRECUSÁVEL...

Talher do restaurante Napolitano Il Casto, Hydra, Grécia. © Fotografia de Pedro Serrano, 2014.
    

26 outubro 2014

THE LIGHT CAME THROUGH THE WINDOW

Nota: "The light came through the window" é o primeiro verso da primeira estrofe da canção "Love Itself" the Leonard Cohen.
Note: "The light came through the window" is the first line of the first verse from the song "Love itself" by Leonard Cohen.
© Fotografia de Pedro Serrano, Hydra (Grécia), Outubro de 2014.

25 outubro 2014

23 outubro 2014

PÉS PRÁ COVA

© Fotografia de Pedro Serrano, Hydra (Grécia), Outubro 2014.

21 outubro 2014

AZUL CONTAGIOSO

© Fotografia de Pedro Serrano, Hydra (Grécia), Outubro 2014.

20 outubro 2014

ENTRETANTO EM HYDRA...

Entretanto em Hydra as malas seguem para o hotel, 149 degraus acima do porto de mar.
© Fotografias de Pedro Serrano, Hydra (Grécia), Outubro 2014.

05 julho 2014

ALMA & CORAÇÃO

Há um filme de David Lynch (Fire Walk With Me, 1992) cujos primeiros minutos de imagens a encher o ecrã consistem numa superfície azulada e refulgente, com miríades de cintilações, que tomamos por mar batido pela luz. Depois, a câmara vai recuando e aquilo que nos parecia água a brilhar à luz do sol é, afinal, a chuva errática do pontilhado que enche um ecrã de TV após a emissão ter terminado.
As fotografias que aqui se expõem são o inverso do que acabei de descrever: ambas representam o mar, mas a primeira toma-se, de alma e coração, por uma delicada folha de ouro, marchetada pelas mãos cuidadosas de um artífice, e a segunda pela plúmbea viscosidade de uma massa de chumbo derretido.


O mais curioso de tudo é que ambas as fotografias foram tiradas à mesma hora (o pôr do sol), em dias consecutivos, no mesmo local e usando, exactamente o mesmo enquadramento fotográfico e as mesmas características de exposição e abertura da máquina. Só Deus sabe o que explica a diferença ou, talvez um físico conseguisse fazê-lo com o exasperante à vontade técnico que nos faria desejar atirá-lo de imediato para um fondue de chumbo e ficarmos, aliviados, apenas na posse da ilusão dourada.
© Fotografias de Pedro Serrano, Thyra (Grécia), Junho 2014.