© fotografia: pedro serrano (2021).
De súbito, a noite inquietou-se
Um cão ladrou perto, um rosnado persistiu entre latidos,
tal se fosse um eco ou este cão sussurrasse a outro cão,
E um silêncio desconfiado ficou a pairar
Deitado, fincado sobre os cotovelos, aguardei, atento,
Intensificando em mim atenções dos dias em que deambulei felino,
eternidades de hélices de ADN atrás,
Até que a espera se fatigou, os cotovelos cederam da posição de enxertia,
E a noite regressou fragilmente ao silêncio que fôra.
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