Sentado sobre os joelhos
Invoco, curandeiro,
As ossadas rituais
Dos despojos que deixaste
Quando te foste.
Um cartão de crédito,
Electronicamente exausto
De validade.
Um CD melancólico,
Sedentas cortinas
Adeusando a janela de uma casa na
Praia temporariamente fechada.
E, clássico, a óbvia fotografia ovóide,
Polaroid dos idos de urgência,
De onde me olhas tal
Emoldurada estivesses
Num passe-partout.
Inacessível
Por trás de um vidro,
Inamovível
Atrás de um vidro
Inabordável e
Sorrindo, sempre sorrindo,
Na promessa marota que
Continuarás assim, sorrindo,
Pelos templos fora.
Há ainda, inventada por mim,
A página arrancada a bloco de
Um papel intensamente branco
Dobrado em 2 e, depois,
Macerado em 4 por 8
Desdobrado, tornado a dobrar, e
Onde devia constar, permanente,
Razão escrita do teu estado ausente.
© Fotografias de Pedro Serrano (de cima para baixo): Viana do Castelo, 2007; Praia da Areia Branca 2007; Tokyo, 2005.
Invoco, curandeiro,
As ossadas rituais
Dos despojos que deixaste
Quando te foste.
Um cartão de crédito,
Electronicamente exausto
De validade.
Um CD melancólico,
Sedentas cortinas
Adeusando a janela de uma casa na
Praia temporariamente fechada.
E, clássico, a óbvia fotografia ovóide,
Polaroid dos idos de urgência,
De onde me olhas tal
Emoldurada estivesses
Num passe-partout.
Inacessível
Por trás de um vidro,
Inamovível
Atrás de um vidro
Inabordável e
Sorrindo, sempre sorrindo,
Na promessa marota que
Continuarás assim, sorrindo,
Pelos templos fora.
Há ainda, inventada por mim,
A página arrancada a bloco de
Um papel intensamente branco
Dobrado em 2 e, depois,
Macerado em 4 por 8
Desdobrado, tornado a dobrar, e
Onde devia constar, permanente,
Razão escrita do teu estado ausente.
© Fotografias de Pedro Serrano (de cima para baixo): Viana do Castelo, 2007; Praia da Areia Branca 2007; Tokyo, 2005.
Sem comentários:
Enviar um comentário