Difícil,
Quando ela passa
(Macio brilho de cal)
Na minha fremente taça
Alinhar todas as bolhas
Em coerência vertical.
Take 2
Um míssil,
Quando doseia
(Mortífera teia)
O visco insistente
De um olhar aderente
Deflagrado na horizontal.
Take 3
Combustível,
A suavidade triste
Cor velha de whisky
Nesse olhar partido
De anjo caído.
Take 4
Temível
Postigo de ventura
Na frágil ternura
Do seu ombro ao léu
(Desabado chapéu).
Take 5
E se afinal me tramas
Ao assim pestanejares
Que, oh sim, me amas...
A culpa é toda tua e,
Na copa dos manjares,
Vomitarei à lua.
© Fotografia de pedro serrano, S. Tomé e Príncipe, 2010.
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