20 janeiro 2015

E O CABRÃO QUE NÃO CHEGA...

Ao tempo, queridas amigas, com o mundo agora mais pobre desde que a pobre Filipa... Mas, adiante, que a vida são dois dias e todos eles é necessário fazer um jantar!
Saturada, minha boa amiga? Já não sabe mais o que há-de inventar, as suas impressões digitais estão destingidas de folhear os Doze Meses de Cozinha, os tratados da Modesto, o Pantagruel? E tudo isso para ficar a ver um tipo, que chega com ar já amuado, a suspirar o vosso esforço como quem bufa uma colher de sopa demasiado rodada no micro-ondas? E aquelas noites em que não consegue deixar de achar que o indivíduo se imerge num silêncio demasiado misterioso, distante, frouxo como uma alcova... Adiante, que nem tudo as nossas mães nos fizeram o favor de revelar enquanto era tempo.
Para todas vocês, as desinspiradas dos corredores do Pingo Doce, as que esperam as bênçãos da fluoxetina nas caixas do Intermarché, as que odeiam a montanha de compras da cliente da frente nas passerelles do Continente, aqui fica uma solução simples, rápida e saborosa em que o ronronar da panela de pressão vos fará companhia e descomprimirá até que o cabrão meta a chave na porta...
INGREDIENTES (para 2 pessoas, com direito a repetir no dia seguinte, pois ganha textura e sabor com a passagem do tempo):
1 pacote (500 gr) de lentilhas verdes
750/900 gr de costelas de porco (peça para as cortarem individualmente)
2 alhos franceses, cortados às rodelas
2 cenouras, cortadas às rodelas
1 rodela grossa de chouriço
(azeite, sal e pimenta q.b.)
CONFECÇÃO:
Na véspera esfregue as costelas com sal grosso e deixe-as em repouso.
Ponha as lentilhas a demolhar durante 1 hora em água fria.
Coloque todos os ingredientes na panela de pressão, as lentilhas no fundo, e cubra com água (só até tapar). Tempere com pimenta e um fio de azeite. Meia-hora ao lume na panela de pressão e está pronto a servir.

 (E se ele não gostar, mostre-lhe o caminho da porta...)
© Fotografia de Pedro Serrano, Janeiro 2015.

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