Depois do ventilador que não passou os testes técnicos e da máscara milagrosa que contém (sabe-se agora, pois era mistério) cloreto de amónio, substância não propriamente meiga para seres humanos e ambiente, o fogoso e algo precipitado empreendedorismo Tuga põe agora em cena um sistema (também mágico e do género como-é-que-ainda-ninguém-se-lembrou) para eliminar "99 % das partículas nocivas do ar num minuto", sistema que, embora dirigido principalmente ao Corona, elimina tudo o resto que se lhe atravessar no caminho!
1. Tecnologia de ponta com ficha tripla. |
Este novo portento surge um pouco mais a sul do que Rebordões (berço da máscara mágica MOxAD-TECH), mais propriamente na bonita e histórica localidade de Oliveira do Hospital. Aí, no Centro de Inovação de Oliveira do Hospital (conhecido pela sigla BLC3), foi desenvolvida uma tecnologia que a SIC teve a amabilidade de nos mostrar no telejornal de ontem e a quem faço a respectiva vénia pelo uso das imagens que ilustraram a reportagem, fotografadas a partir do ecrã usando uma nova tecnologia que um dia revelarei ao mundo científico e após registar a patente.
Às câmaras e aos microfones, um arregaladamente muito feliz por olha-eu-na-TV director do tal Centro de Inovação explicava como se processa a coisa, enquanto a câmara se detinha nos detalhes, finos e rigorosos, de alta tecnologia que as fotos documentam.
2. Tubagem para partículas à prova de fuga. |
Primeiro "as partículas virais presentes no espaço são conduzidas através de fluxos de ar para um receptor" (o gabinete de provas que se vê na Imagem 2, com aquelas juntas que, de imediato transmitem sensação de segurança e garantia de que por ali não passa uma partícula, mesmo que subatómica, Imagem 3), gabinete onde, numa segunda etapa, "se processa a inativação do vírus por um sistema emissor de ultravioletas" (aquele candeeiro tipo mata-moscas de talho que se observa na Imagem 4).
3. Rigorosa vedação, garantindo estanqueicidade total. |
A partir daqui podemos todos estar felizes: nem moscas nem Covid. O sistema, desenvolvido em parceria com 3 Universidades 3, aplica-se a hospitais, a aeroportos e tudo mais quanto se precise, basta informar Oliveira do Hospital, que eles tratam do resto com as carpintarias, as firmas de perfis de alumínio e os produtores de chaminés para churrascarias da zona.
No entanto, precaveu-nos o director do BLC3 a finalizar, para que este novo sistema revolucionário seja viável em aeroportos todo o sistema de circulação de ar dos mesmos deverá ser modificado, pois está muito mal feito actualmente, dificultando a condução harmoniosa do rebanho de partículas virais ao redil onde as espera o mortífero candeeiro, já conhecido com terror nos meios virais como CorKi, diminutivo de Korona Killer.
4. Emissor de UV (eficaz também em moscas e mosquitos).
© Fotografias 1 a 4, pedro serrano, agosto 2020.
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