Mesmo assim, a crer na foto, ainda parece ser no cabelo que Manuel Gomes Samuel, diplomata e representante de Portugal no Katar, tem mais-valia de melanina ou, talvez, mais ferrugina acrescentada...
Não querendo ficar atrás no pódio das idiotices, este artista português, que acumula a diplomacia com a cantoria pimba e tem várias composições na Net (uma dela intitulada "Loucura", de que deixo a letra inspiradora mais abaixo) veio dizer à TV que quanto mais preto um tipo for maior resiliência possui e mais apto está a trabalhar ao ar livre em países com temperaturas acima dos 40 graus, como é o caso dos emirados árabes. Esta constatação científica do Nosso Homem em Doha, um alto funcionário do Estado, deveria ser aproveitada de imediato por Marta Temido, que advoga igualmente uma maior resiliência dos profissionais do SNS, ou pelos Bombeiros Portugueses, na luta contra o inferno dos incêndios, pois este género de trabalhadores, graças à alta concentração em melanina, resiste a tudo e, quem sabe, permitiriam até a poupança das golas anti-fumo do saudoso ministro Cabrita. Viva a melanina, embora, a crer na letra de "Loucura" a cor preferida de MG Samuel, nome artístico do embaixador, seja o vermelho-tinto.
Na mesma entrevista, durante a qual exibiu o ar vaidoso e satisfeito de quem está a atingir o seu momento de glória, MG Samuel aconselhou ainda todas as tribos gay, que se venham a deslocar ao Katar durante o mundial, a evitar ser invadidos pelo cio (para usar uma frase da sua canção) e manter durante a estadia decoro no comportamento, para não chocar os autóctones, que, embora usem vestidos compridos e toucados, gozam da fama de ser muito púdicos. "Mantenham o brio", porra, como advoga o nosso embaixador cantante.
E, agora, a fantástica letra de "Madness":
Tudo começou num momento de miragem / Eu estava lá vendo a tua imagem / Quando de repente, tu te foste embora / E eu fiquei sentado, mais de uma hora / Olhando para o vazio do horizonte fora / À espera que tu voltasses para onde a gente mora / Isto é loucura, loucura que eu sinto / Desejos frustrados, sensações que eu finto / Mentiras escondidas, mas eu não minto! / Amor forçado, de côr vermelho tinto Quando eu deixei de estar ao teu lado a vida deixou de ter significado... / Quando eu deixei de estar ao teu lado a vida deixou de ter significado, para sempre... / Tudo foi um sonho, um sonho que ruiu / E eu iludido de esperanças sem fio / Desejando uma mulher que ninguém viu Uma cara e um corpo num espelho que se partiu / Senti-me desesperado, invadido pelo cio / Mas vi-me obrigado a manter o brio Isto é loucura, mas eu não minto / Amor forçado, para sempre.
“Ele há de tudo”.
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