31 julho 2010

CANTINHO DO POETA

© Fotografias de Pedro Serrano, Lisboa 2010.
Há no tecto do meu quarto
Um encanto especial
Ele é todo azul-celeste
E ao centro possui um sol.


Ao centro possui um sol
Num canto contém a lua
Não existe quartilho igual
Nas tascas da nossa rua.


Nas tascas da nossa rua
Param poetas afamados
Uns já são quasi mortais
Outros nem foram cismados.


Outros já foram crismados
Em sessões oficiais
E nas palavras cruzadas
Preferem as horizontais.


Ó horizonte da Europa
Oh cantinho apetrechado
Ó minha trouxinha mole
Oh meu crepe achinesado.


Ao meu coração és bálsamo
Do apetite xarope
Tens encanto, tens timor
Tens madeira, tens palop.



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