Na eternidade, pelas seis a.m.
Larga a barca da aurora
Com um arcanjo ao leme
Na eternidade, pelas dez da matina
Passa um rebanho de eleitos
A caminho da cantina
Na eternidade, pelas treze p.m.
Rescende a canja de galinha,
Aletria e leite creme
Na eternidade, em vaga hora
Um arcanjo em contraluz
Amarra a barca da aurora
Na eternidade, a tempo incerto
Deu agora a meia-noite
Mas bate meio-dia certo
© Fotografia de Pedro Serrano, Janeiro 2014.
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