Se acaso uma manhã eu desaparecer
E não seja, assim, um caso de morrer
Procurem-me naquela ilha à beira-mar
Pode ser que esteja por lá a scismar
Ou talvez que esse leito circundado
Por casario debruçado sobre um lago
Seja o meu, que ali sonha naufragado
Com poentes destingindo-se em dourado
Mas se nem ali houver qualquer sinal
Mais além, na fímbria daquele areal
Rabiscado pela sombra dum coqueiral
Talvez seja quem, lá longe, se vê mal
Talvez seja quem, lá longe, se vê mal
© Fotografia de Pedro Serrano, Goa, 2011.
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