No Verão de 1976 eu e um amigo decidimos fazer da
nossa viagem de licenciatura um Overland
to India, uma viagem por terra até ao Oriente como estava então em voga.
Chamei ao relato escrito dessa viagem, baseada no diário que
escrevi na época, enriquecido pelas memórias que ainda guardo desses dias e
avivado pelas deslocações que continuo a fazer para aquelas bandas, chamei a
esse relato Não Venhas Tarde, um
chamamento de todas as mães que Leo Ferré (na canção “La Vie d’Artiste”)
poeticamente designaria como les mots des
pauvres gens: “Ne rentre pas trop tard, surtout ne prends pas froid...”
Retomando aqui um meio usual no século XIX para tornar
público num jornal um romance ou outro texto extenso – o folhetim, praticado, entre outros por Charles Dickens, Eça de
Queiroz ou Camilo Castelo Branco – divulgarei nos próximos meses, sob o formato
de episódios, os 45 capítulos do livro que acabei recentemente de escrever e
que, no seu todo, terá umas 240 páginas.
A esse todo, enriquecido com maior número de fotografias do
que as que constam no original, omitirei aqui as dedicatórias, mas manterei a
epígrafe, pois adverte o leitor para uma certa perspectiva assumida pela
narrativa.
The bird with feathers of blue
Is waiting for you
Back in your own backyard.
You'll see your castles in Spain
Through your window pane
Back in your own backyard.
Oh you can go to the East
Go to the West
But someday you'll come
Weary at heart
Back where you started from.
You'll find your happiness lies
Right under your eyes
Back in your own backyard.
Al Jolson/Billy Rose
(Da canção "Back In Your Own Backyard")
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